O espectrômetro de emissão óptica (OES) é uma ferramenta essencial para a análise química de metais em setores como fundição, siderurgia e metalurgia. Esses equipamentos permitem identificar e quantificar elementos em ligas metálicas, sendo fundamentais para assegurar a conformidade dos materiais com as especificações exigidas em processos industriais. No entanto, para que o OES entregue resultados confiáveis, é indispensável o uso adequado de padrões de calibração.
O Papel dos Padrões de Calibração
Padrões de calibração são materiais de referência cuja composição química é precisamente conhecida. Eles são utilizados para ajustar e validar os resultados obtidos no espectrômetro, permitindo que o equipamento correlacione a intensidade das linhas espectrais com a concentração real dos elementos presentes na amostra. Na prática, a calibração regular é o que permite ao espectrômetro manter-se preciso e confiável, tornando os resultados reproduzíveis e comparáveis ao longo do tempo.
Benefícios da Calibração Regular
Precisão nos Resultados: A calibração é necessária para corrigir possíveis desvios e assegurar que o espectrômetro esteja operando dentro das margens de precisão. Em setores como a fundição e a siderurgia, onde pequenas variações na composição química podem impactar a qualidade do produto final, a precisão é crítica.
Aqui também é importante destacar que os padrões auxiliam na checagem da precisão do equipamento, por exemplo, quando se troca o Argônio do espectrômetro ou se o mesmo fica desligado por um longo período. O padrão vai auxiliar com a confirmação se o equipamento está apto ou não para trabalhar, de acordo com o resultado apresentado após o teste no padrão.
Conformidade com Normas e Regulamentações: A calibração frequente com padrões de qualidade permite que as análises atendam às normas internacionais (como ASTM e ISO), que exigem rigor no controle de composição. Isso garante que os materiais analisados estejam de acordo com as especificações do cliente e regulatórias.
Economia de Tempo e Redução de Desperdícios: A falta de calibração adequada pode resultar em análises imprecisas, o que pode levar a lotes rejeitados e retrabalho, aumentando custos e desperdícios. Com um equipamento calibrado, as chances de erros e retrabalhos são reduzidas.
Manutenção da Confiança do Cliente: Empresas que fornecem produtos para setores exigentes, como automobilístico, aeroespacial e construção civil, devem garantir que os materiais estão em conformidade com as especificações químicas e mecânicas necessárias. A utilização de padrões de calibração promove confiança nos dados, sendo um diferencial competitivo. Calibrações anuais também são sugeridas por empresas acreditadas, que trabalhem com padrões para correção de curvas, ajustes finos, entre outros, ajudando a manter sempre o equipamento bem cuidado e dentro dos parâmetros aceitáveis.
Tipos de Padrões de Calibração Utilizados
Os padrões de calibração utilizados para OES devem ser sólidos e variam conforme o tipo de metal ou liga a ser analisado. Entre os mais comuns, encontram-se:
Padrões de ligas de ferro e aço: Importantes para siderúrgicas e fundições que produzem aço carbono, aços inoxidáveis e ferros fundidos.
Padrões de ligas de alumínio, magnésio, chumbo, estanho, zinco, cobre e níquel: Amplamente usados na fabricação de peças de alumínio para o setor automotivo e construção.
Padrões especializados: Destinados a ligas especiais e aplicações específicas, onde a precisão da composição é crítica, como ligas para uso aeroespacial e biomédico (Titânio, Cobalto, entre outras).
Frequência e Procedimento de Calibração
A calibração do OES deve ser realizada com frequência, de acordo com a intensidade de uso do equipamento e a estabilidade dos padrões de calibração. Em ambientes industriais, é comum que o equipamento tenha uma periodicidade definida dentro dos padrões do fabricante do equipamento, com a necessidade do usuário e atendendo o que o mercado/normas solicitam.
Além disso, a utilização de padrões com diferentes concentrações de elementos é recomendada, permitindo ao analista verificar o desempenho do espectrômetro em uma ampla faixa de concentrações. Com o uso de padrões variados, é possível detectar e corrigir desvios específicos para cada elemento químico, em pontos altos e baixos da curva de calibração.
Padrões Certificados: Qualidade e Confiabilidade
Para garantir a confiabilidade dos resultados, é fundamental utilizar padrões certificados, com composições validadas e rastreadas a organismos internacionais. Os padrões de calibração de alta qualidade são produzidos sob rígido controle e têm composições garantidas, oferecendo segurança e consistência na análise. Algumas normas regulamentadoras e exigidas no mercado são ISO 17034, ISO 17025. Em situações que não existam padrões fabricados no mundo, são opções fabricantes com ISO 9001 ou que façam parte de acordos mútuos entre países, mas que ainda assim, tenham testes e rastreabilidade confirmadas dentro do possível.
Os fornecedores desses padrões, muitas vezes, oferecem materiais personalizados conforme a necessidade específica da aplicação industrial, garantindo uma calibração precisa para ligas especiais e materiais críticos.
Conclusão
O uso de padrões de calibração no espectrômetro de emissão óptica é indispensável para garantir a precisão e a confiabilidade da análise química de metais. Com padrões de calibração de alta qualidade e procedimentos regulares, empresas de fundição, metalurgia e setores industriais asseguram que seus produtos atendam às especificações necessárias, evitando problemas de qualidade, desperdícios e retrabalhos. Além disso, a calibração correta reforça o alinhamento com normas de mercado, aumentando a confiança dos clientes e a competitividade no setor.
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